Escrevi certa vez sobre os velhinhos nos asilos, que choram frente às câmeras, a falta de visitas dos parentes e aderentes.
Falei que eles só não contam o que os parentes referidos sofreram em suas idosas mãos, quando essas eram jovens...
E, se não falei, pensei sobre essa abominável prática de violência contra a mulher.
Continuando então na onda do politicamente incorreto que me acomete hoje, o que pensar sobre essas mulheres que voltam para seus companheiros e perdoam os agressores? Pessoas como esta moça, que tinha por hábito ser espancada pelo companheiro e me disse uma vez : "mas é melhor do que ficar sozinha"...
Convém não esquecer dos pedófilos. Gosto de pensar que, para eles, cadeia pouca é bobagem.
Mas o que fazer com essas pobres adolescentes que se expõe pela vida como se fossem apenas um reles pedaço de carne?
E não me refiro àquelas castigadas pela infinita pobreza que entendem a venda do corpo como compra de alimento.
Falo mesmo das ditas "patricinhas" (ainda se usa o termo?)...
E quando se criará o Dia da Consciência Branca? E o Dia da Consciência Amarela? Já existe, aliás, o Dia da Consciência??
E, para não dizer que não falei de flores, a moça bonita e anoréxica que morreu, não era "vista" pelos adultos que, teoricamente, deveriam olhar por ela? Bem... agora eles podem velá-la em paz...
6 comentários:
Asilos: não sei se os idosos foram maus, mas o que sei é que eu quero passar bem longe deles com medo do antigo hábito da palmatória.
Pedófilos: Tem tudo é que morrer.
Mulheres de profissão antiquíssima por opção: Se não é por dinheiro é por vocação, os pais é que se entendam com esse tipo de criatura.
Dia da Consciência: Se existisse consciência eles decretariam feriado nessa cidade...
Diante de tantas mazelas fico com a seguinte indagação: prá que chorar, sobraram lágrimas?
No meu entender, todas estas mazelas que relataste podem ser resumidas em duas palavras: miséria (e não a estritamente material) e solidão.
Quer mesmo que eu replique, EDUARDO....????
Parece-me que foi Paul Gèraldy quem disse que as lágrimas talvez não consolem, mas aliviam, FÁBIO...
A miséria material nunca é a pior, MARCONI querido. E nada, mas nada mesmo é mais triste do que a solidão da alma...
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